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Dia da Mulher – Conheça a história de 4 empreendedoras que inovam em Curitiba

Em celebração do Dia Internacional da Mulher nesta quarta-feira (8/3), conheça a história de quatro curitibanas abraçaram, cada uma a seu modo, o protagonismo feminino por meio do empreendedorismo. Em funções e momentos distintos de suas trajetórias profissionais, elas têm algo em comum: todas procuraram ajuda nos programas ofertados gratuitamente pelo Vale do Pinhão, pela Prefeitura de Curitiba, por […]

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Em celebração do Dia Internacional da Mulher nesta quarta-feira (8/3), conheça a história de quatro curitibanas abraçaram, cada uma a seu modo, o protagonismo feminino por meio do empreendedorismo.

Em funções e momentos distintos de suas trajetórias profissionais, elas têm algo em comum: todas procuraram ajuda nos programas ofertados gratuitamente pelo Vale do Pinhão, pela Prefeitura de Curitiba, por meio da Agência Curitiba de Desenvolvimento e Inovação, para se profissionalizarem ou expandirem seus negócios.

Entre os programas estão o Bom Negócio, com sete cursos de capacitação empreendedora; os três coworking públicos Workitiba para startups e instituições em fase inicial; o Curitiba Empreendedora e seus nove Espaços Empreendedor para auxiliar os microempreendedores; 1º Empregotech, com cursos para inserir jovens nas profissões do futuro; Tecnoparque, de incentivo fiscal para auxiliar no desenvolvimento de empresas de base tecnológica; além do Empreendedora Curitibana e seu prêmio bianual, voltado ao empreendedorismo feminino.

Protagonismo feminino

Entre as histórias, estão as experiências de de mulheres curitibanas que, como outras tantas, encontraram no ato de empreender a forma de exercer o protagonismo feminino, assegurar a autonomia financeira e conquistar realizações profissionais e pessoais.

Desde a CEO de uma helth tech até a mulher que decidiu se reinserir no mercado de trabalho, elas falam de desafios, realizações e projetos para o futuro.


Uma empresa de entrega 100% feminina

Gislaine Queiroz, 49 anos, CEO fundadora da startup Única Entrega

Foi da crise vivida que Gislaine Queiroz criou a Única Entrega, uma empresa de entregas formada 100% por mulheres.
A empresa nasceu em 2020, início da pandemia, quando Gislaine precisou colocar seu negócio de contratação de mão de obra para eventos em hibernação e, para pagar as contas, começou a fazer entregas por aplicativos.

Ela logo percebeu que os entregadores não tinham treinamento para a tarefa e que os clientes não só se surpreendiam em receber as encomendas por uma mulher na motocicleta, mas também se fidelizavam ao serviço. Decidiu, então, ocupar esse nicho de mercado.

Chamou a sócia na empresa de recepção, Elcinéia Dalprá e, juntas, aplicaram a expertise da área de eventos para contratar outras mulheres que estavam sem trabalho e as treinaram para fazer as entregas com excelência.

“Nossa proposta é trazer afeto para a entrega. A mulher à frente dos negócios é multifacetada. É uma característica social nossa, somos resilientes, dinâmicas e temos um olhar para gestão que realmente empurra os negócios para frente”, diz Gislaine.

Com este case, em 2021, Gislaine foi finalista na categoria startup do Prêmio Empreendedora Curitibana, o que lhe rendeu reconhecimento como gestora e visibilidade no mercado à empresa, que hoje também conta com a chefe de operações Bruna Soares. Em março de 2022, a Gislaine retomou também a empresa de eventos, a Única Recepção.

  • 30.491 mulheres já foram beneficiadas pelo Programa Empreendedora Curitibana desde 2020, nas 82 atividades realizadas pelo programa no período.

Por mais qualidade de vida no trabalho para as mulheres

Nádia Dietrich, 38 anos, CEO da health tech Medless 

Depois de 18 anos atuando em ambientes predominantemente masculinos, a engenheira mecânica Nádia Dietrich deixou o cargo de gerente de operações no setor de óleo e gás e abriu uma consultoria, por acreditar que seria mais produtiva em um projeto próprio.

Foi quando recebeu e aceitou a proposta de ser gestora da Medless, uma health tech beneficiada pelo Tecnoparque e que tem a missão do desenvolver tratamentos em saúde com menos efeitos colaterais.

O primeiro produto foi um mergulho de ponta no mundo feminino: implantes hormonais não absorvíveis para tratamentos da saúde da mulher. Ela diz que, na empresa, pretende contribuir não só com um olhar cuidadoso sobre saúde feminina, mas também levar esse olhar para o mundo corporativo.

“O mundo corporativo precisa olhar com mais interesse para a mulher de 50, 60 anos, a mulher que menstrua, que engravida, que entra na menopausa. Ter sido mulher em um mundo masculino que não teve esse olhar me faz querer mostrar que é possível fazer”, fala a CEO.

Uma de suas preocupações, explica Nádia, é colaborar para que as empresas permitam que a mulher concilie suas tantas facetas – profissional, mãe, filha, esposa, dona de casa – com qualidade de vida. Para ela, é necessário não só promover a mulher aos cargos mais altos por suas competências, mas também respeitar suas características.


Dos livros de contabilidade para o artesanato como negócio

Andreia Dellabella, de 42 anos, microempreendedora individual (MEI), proprietária da papelaria Amor no Papel 

No início de 2022, Andreia trocou o emprego na área de Contabilidade para ser dona do próprio negócio. Para a mudança, fez cursos, começou a produzir agendas personalizadas e assim nasceu a Amor no Papel, uma microempresa de produção e comercialização de papelaria afetiva artesanal.

Para formalizar seu novo negócio, teve ajuda do Espaço Empreendedor do Boqueirão, onde abriu a microempresa individual (MEI) e teve orientações sobre como conseguir empréstimos e financiamentos para ampliar o empreendimento.

“Meu maior desafio é reafirmar que o artesanato, especialmente o feito pela mulher, é uma profissão e não somente um hobby. O empreendedorismo da mulher não é um passatempo. A renda da minha família vem do artesanato”, defende Andreia.

Atualmente, além das agendas, a Amor no Papel produz kits para workshops e cursos, com clientes no Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Amazonas. Andreia trocou a produção em casa por um estúdio e adquiriu equipamentos profissionais.

  • Curitiba tem 94 mil microempreendedoras individuais (MEI) formalizadas, o correspondente a 47% de MEIs na cidade. Elas são maioria em cinco das dez atividades com maior número de MEIs: cabeleireiros (75%), outros tratamentos de beleza (95,7%), varejo de vestuário e acessórios (78,3%), fornecimento de alimentos preparados para consumo familiar (70,4%) e atividades de ensino não contempladas em outras categorias (58%), segundo o Portal do Empreendedor.


Capacitação para retornar ao mercado de trabalho

Adriana Felix da Silva, 30 anos, formada pelo 1º EmpregoTech

Para Adriana Felix da Silva, 30 anos, a conclusão do curso 1º EmpregoTech é um recomeço. O curso, ofertado pela Prefeitura por meio da Agência Curitiba e da Fundação de Ação Social (FAS), fez ela decidir retomar a carreira profissional, depois de anos em que o papel de mãe foi o único que exerceu.

Ela se orgulha dos anos que deu atenção exclusiva ao filho Heithor, 8 anos, que demanda atenção especial causa do autismo, mas sentiu que precisava retomar outras áreas.

“Eu estava afastada de todos, quase com fobia social, e superei muita coisa durante o 1º EmpregoTech. Voltar a trabalhar vai me tornar mais forte. E, mais forte, vou conseguir fazer mais pelo meu filho. A mulher tem isso: se dedica a tudo que faz, seja trabalho remunerado ou não e isso faz a diferença”, diz Adriana. 

O 1º EmpregoTech oferta cursos afinados às demandas de um mercado cada vez mais digital a jovens de 16 a 29 anos e Adriana conta que não foi fácil concluir o curso de Tecnologia da Informação, mas ter conseguido a fez querer novos voos, como ir para a Universidade.

  • Além do 1º Empregotech, o Vale do Pinhão oferta a capacitação empresarial no Programa Bom Negócio, que, em 2022, teve emitiu 133 certificações de conclusão de cursos para mulheres (56,1% do total).

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