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Em menos de dez anos, Curitiba multiplica por 7 o número de startups na cidade

Fazer parte das startups do Vale do Pinhão curitibano foi uma escolha calculada do fundador da CargOn, Denny Mews. Foto: Ricardo Marajó 1/10 Curitiba, cidade eleita como segundo ecossistema emergente mais promissor para startups da América Latina , tem mapeadas 604 startups. Em menos de dez anos a capital multiplicou por sete o número de […]

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Fazer parte das startups do Vale do Pinhão curitibano foi uma escolha calculada do fundador da CargOn, Denny Mews. Foto: Ricardo Marajó 1/10

Curitiba, cidade eleita como segundo ecossistema emergente mais promissor para startups da América Latina , tem mapeadas 604 startups. Em menos de dez anos a capital multiplicou por sete o número de startups sediadas na cidade. O aumento reflete ações da Prefeitura e da Agência Curitiba de Desenvolvimento e Inovação para integrar o ecossistema de inovação da cidade, o Vale do Pinhão.

A conclusão vem do Mapeamento das Startups Paranaenses, elaborado pelo Sebrae-PR. Em abril, a nona edição do documento registrou 2.205 startups no Paraná em 2022. Destas, 27,4% na capital paranaense (604). O número é 7,2 vezes maior que as 84 startups contabilizadas na cidade na primeira edição do estudo, em 2014.

“Esse crescimento é resultado da integração do ecossistema de inovação curitibano com a criação do Vale do Pinhão pelo prefeito Rafael Greca em 2017, aproximando o poder público da iniciativa privada e das universidades para o desenvolvimento de soluções inovadoras tanto para a cidade como aplicadas aos negócios. O Vale do Pinhão tem tornado o ambiente da inovação da cidade cada vez mais pungente, atraindo novas empresas e investimentos”, diz o presidente da Agência Curitiba de Desenvolvimento e Inovação, Dario Paixão.

A pedido da Prefeitura de Curitiba e da Agência Curitiba de Desenvolvimento e Inovação, o Sebrae-PR estratificou os dados levantados para o mapeamento estadual com os resultados da capital paranaense, resultando em um perfil atualizado das startups curitibanas.

A maioria dessas 604 empresas de base tecnológica que estão em Curitiba tem como público-alvo outras empresas (B2B – business to business) e foram criadas e formalizadas durante a pandemia. As principais áreas de atuação são Educação, Finanças e Customer Service. São lideradas por homens entre 31 e 40 anos; estão em fase de operação, tem entre 6 e 10 colaboradores; já receberam investimentos de até R$ 500 mil e têm faturamento anual de entre R$ 360 mil e R$ 4,8 milhões.

Os dados estratificados foram feitos com base nas respostas das 433 startups que foram classificadas pelo estudo como “formalizadas”. Acesse aqui o mapeamento estadual completo para saber mais sobre a metodologia.

Boom na pandemia

Curitiba teve um boom de startups durante a pandemia: um crescimento de 368% entre 2019 (pré-pandemia) e 2022 (arrefecimento dos casos da covid-2022).

Um salto aconteceu entre 2019 e 2020, quando o número mais que duplicou em Curitiba, de 164 para 422 startups entre um ano e outro. Em 2021, o mapeamento registrou 459 startups na cidade, que ganhou mais 145 empresas, chegando às 604 mapeadas em 2022.

Ecossistema consolidado

Curitiba é cidade-sede dos três unicórnios brasileiros que não estão em São Paulo – Ebanx, Olist e MadeiraMadeira – e de outras empresas em ascensão, como Pipefy, Contabilizei e Hilab.

Entre as ações do Vale do Pinhão, por meio da Prefeitura de Curitiba e da Agência Curitiba, que têm estimulado o reconhecimento e o desenvolvimento do ecossistema para as startups, estão o Programa Cidade das Startups, que oferece capacitações, cursos, consultorias e mentorias, além de encontros de aproximação com investidores e outros atores do ecossistema, como o Business Round, a Feira de Inovação, exposição na Smart Plaza do Vale do Pinhão e o Pitch Live Vale do Pinhão.

Curitiba tem facilitadores para viabilizar a abertura e o crescimento dos negócios, como a agilidade na abertura de empresas (em menos de duas horas); os coworkings públicos Worktiba; o Programa Tecnoparque, que oferta incentivo fiscal para investimento em projetos inovadores nas empresas; a aprovação de leis que facilitam o trabalho de empresas de base tecnológica, como as leis Inovação e do 5G; e estratégias de internacionalização de mercado das startups locais, como a presença no Smart City Expo Curitiba e integração ao TechRoad.

Além disso, a cidade conta com 164 ambientes de inovação, entre espaços maker, parques tecnológicos, coworkings, centro de inovação, incubadoras e aceleradores, investidores, instituições de fomento e atores do Terceiro Setor.

Escolha por indicação

A CargOn tem o perfil das startups curitibanas: formalizada em 2020, a logtech B2B (área do top 10 dos principais segmentos dos negócios das startups da cidade) é liderada por um homem. A empresa sai da curva em número de colaboradores (atualmente são 32), e no faturamento, contabilizado em R$14,9 milhões em 2022.

Fazer parte das startups do Vale do Pinhão curitibano foi uma escolha calculada do fundador da CargOn, Denny Mews: com longa experiência em logística no interior de Santa Catarina, recebeu a indicação de conhecer o Vale do Pinhão.

“Fui influenciado para vir para Curitiba e não saio mais daqui. Conheci o que estava acontecendo aqui quando a inovação da cidade não estava tão em voga. Hoje, as condições são excepcionais para startups: os três unicórnios do Sul do País estão aqui, há grande visibilidade para os negócios e incentivo ao desenvolvimento por parte do poder público”, enumera Denny Mews.

A CargOn se apresenta como a primeira operadora de logística digital do Brasil. Sediada dentro de uma das incubadoras curitibanas, a Hotmilk, realiza, com suporte da tecnologia, toda a logística de 15 grandes indústrias brasileiras – produtoras em diferentes setores, como aço, alimentos e eletrodomésticos. Este ano, a logtech começou a atuar internacionalmente, com o primeiro cliente na Argentina.

Confira o perfil das startups de Curitiba

Fonte: Sebrae-PR

Crescimento na pandemia

De 2019 a 2022, Curitiba avançou de 164 para 604 startups mapeadas, um aumento de 268%:

  • 2019 – 164 startups
  • 2020 – 422 startups
  • 2021 – 459 startups
  • 2022 – 604 startups

Principais Segmentos

Em 2022, os segmentos mais recorrentes nos negócios das startups curitibanas são:

  • EduTech (educação)
  • Fintech e InsurTech
  • Customer Service
  • HR Tech Indústria 4.0
  • Impacto Social
  • ConstruTech
  • Saúde e Bem-estar
  • LogTech
  • Veterinária e mercado Pet

Público-Alvo

Em sua maioria, 61,5% das startups de Curitiba criam soluções que são diretamente comercializadas com outras empresas (B2B). Confira a distribuição dos públicos-alvo:

  • 61,5% – Negócios para empresas (B2B)
  • 26% – Negócios para empresas e consumidor final (B2B2C)
  • 9,7% – Negócios para consumidor final (B2C) ou órgãos públicos (B2G)

Momento

Considerando a maturidade do negócio, a maioria das startups da capital paranaense está em fase de operação (44,2%), ou seja, já estão atuantes no mercado. 39,4% estão em fase de tração e 11,5%, em fase inicial, de ideação.

Fundadores e colaboradores

A maioria dos fundadores de uma startup na capital paranaense tem entre 31 e 40 anos (56%) e é homem (77,3%). A maioria das empresas tem entre 6 e 10 colaboradores.

Investimentos e faturamento

Entre as startups que responderam a questionamentos sobre investimentos e faturamento, em Curitiba, a maioria (41,4%) já recebeu investimentos até R$ 500 mil; 8,7% receberam entre R$ 500 mil e R$ 1 milhão e 11,5% afirmou ter recebido investimentos entre R$ 1 milhão e R$ 5 milhões.

Uma em cada cinco startups (20,2%) teve um rendimento de até R$ 81 mil. Na outra ponta, 1,9% faturou entre R$ 4,8 milhões e R$ 16 milhões. A maioria (57,7%) teve faturamento entre R$ 81 mil e R$ 4,8 milhões em 2022.

Criação e Formalização

A maior parte das startups curitibanas (27,8%) foi criada em 2020 e formalizada no mesmo ano (21,4%).

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